No Brasil, onde a maioria das cesarianas ocorre em gestações de baixo risco, 54,4% desses partos ocorrem entre mulheres de alta escolaridade, contra 19,4% de mulheres de nível inferior.
As cesarianas são indispensáveis quando ocorrem complicações, como sangramento, sofrimento fetal ou posição anormal do bebê, lembra o relatório.
Mas também apresentam riscos como uma recuperação mais complicada para a mãe e problemas nos partos subsequentes (gravidez ectópica, desenvolvimento anormal da placenta…).
Além disso, o estudo destaca que estão surgindo evidências de que bebês nascidos por cesariana não são expostos aos mesmos processos hormonais, físicos ou bacterianos que os nascidos naturalmente, fato que pode alterar sua saúde.
Para limitar o abuso de cesarianas, o Congresso Mundial de Ginecologia recomenda, por exemplo, uma taxa única para todos os partos, obrigando os hospitais a publicar suas estatísticas, informando melhor as mulheres e melhorando o treinamento sobre partos naturais.